Eles são versáteis, multifuncionais, dinâmicos e pau para toda obra. Dispostos e disponíveis para aprender e mostrar serviço. Ávidos por entrar no mundo corporativo e vislumbrar uma carreira. São eles, os estagiários, cartas curingas no chão de loja e no jogo entre custo x benefício, onde o equilíbrio é meta fundamental para o sucesso do setor supermercadista.
Por Eliane Carone
O programa de estágios no Brasil é considerado um sucesso social, econômico e cultural, pois permite o ingresso de estudantes na experiência do trabalho nas empresas e, também, possibilita às empresas a contratação desses jovens sem os ônus dos encargos trabalhistas. É uma via de mão dupla que, se bem dirigida, pode levar os envolvidos pelo vantajoso caminho do ótimo negócio para ambas as partes.
Estagiários sonham em participar de organizações, ganhar salário e dar o primeiro passo rumo a uma carreira. Por outro lado, empresários sonham com a diminuição de custos e despesas, procuram funcionários proativos e distância de processos trabalhistas. O programa de estágios, portanto, se bem administrado pode servir como uma luva para os dois lados.
O setor supermercadista, como é sabido, é um dos que mais empregam no país, com um volume de contratações imenso. Pequenas, médias e grandes empresas desse comércio varejista têm no quadro de pessoal o seu grande investimento e preocupação para que a complexa máquina – que envolve desde a compra e venda de mercadorias, até a estrutura das lojas e o atendimento aos consumidores – funcione da melhor forma. É um grande tabuleiro com muitas peças a serem movidas e encaixadas, e onde, sem dúvida, os colaboradores são peças-chaves.
Peças-chaves, porque o setor, apesar de cada vez mais estar operando com as mais modernas tecnologias, tem no fator humano o ponto fundamental do seu negócio. E, nesse contexto, estagiários podem ser considerados verdadeiras peças curingas.
Curingas no Chão de Loja
Estagiários são multifacetados e, por isso mesmo, podem ter múltiplas utilidades operacionais no chão de loja dos supermercados, que é o cenário mais importante desse varejo: é onde as mercadorias são expostas, onde se recebe o público consumidor e onde as vendas se efetivam após todo o trabalho de bastidores da imensa infraestrutura que sustenta esse comércio.
O chão de loja, vale dizer, é perfeito para os estagiários gastarem a energia que têm de sobra, responderem com agilidade à demanda dos serviços, utilizarem a sua esperteza e conexão com a rapidez e a modernidade nas vendas e, sobretudo, aprenderem diversas funções importantes para a sua vida profissional.
Na verdade, essas peças curingas, os estagiários, têm mil e uma utilidades pelos corredores dos supermercados, dentre elas:
– Operadores de caixa
– Repositores e organizadores de produtos nas áreas de vendas
– Etiquetadores de preços
– Conferentes de loja
– Auxiliares de açougue, peixaria, padaria e confeitaria
– Balconistas
– Atendimento aos clientes
– Empacotadores
– Agentes de captação dos pedidos, busca de mercadorias e embaladores dos produtos do e-commerce
– Organizadores e limpadores de cestas e carrinhos
– Substitutos quando da falta de colaboradores
– Responsáveis pela devolução nas prateleiras dos produtos deixados nos caixas ou perdidos pelas lojas
Como todo varejista sabe, o chão de loja tem essas e outras tantas necessidades no agitado dia a dia de fluxo contínuo do público consumidor, que sempre tem pressa e preza por rapidez, organização, limpeza e atendimento perfeitos. E, certamente, cada um saberá onde estagiários serão muito bem colocados e prestativos para o atendimento a esses anseios.
Mas, estagiários representam muito mais do que uma mão na roda no chão de loja dos supermercados. Porque, além da contribuição pelos corredores com a fonte da sua juventude, eles podem gerar fonte de economia para o setor supermercadista.
O Custo X Benefício dos Estagiários
Além de uma opção de mão de obra mais barata, estagiários bem, selecionados, treinados e acompanhados são também eficientes, duas condições para se reduzir custos sem perder a qualidade nos serviços. Só por isso, eles já seriam uma boa aposta. Mas dar uma cartada com a contratação desses curingas, pelos supermercados, vai muito adiante dessa conta básica.
Em um primeiro plano, contratar estagiários não estabelece vínculos sociais e trabalhistas, ficando o empregador livre de encargos como INSS, FGTS, décimo terceiro salário e multas por rescisões. Isso representa uma redução nos custos de até 35%, se comparada a contratações pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Além disso, uma boa gestão nos contratos de estagiários também leva em conta a escolha por jovens moradores próximos às lojas, diminuindo-se os custos com transporte.
Já em um segundo plano, pode-se imaginar o quadro de pessoal como um todo que, como dito, tem em geral um número muito grande de colaboradores e representa o maior e mais valioso investimento do setor. Salários, encargos, vínculos empregatícios, alta rotatividade, rescisões contratuais e tudo o que envolve altos valores para um considerável número de pessoas, requer estratégias e gestão cuidadosas de recursos humanos na escolha assertiva de pessoas, funções e remunerações compatíveis para se evitar prejuízos e gerar resultados positivos.
Nesse sentido, programas de contratação de estagiários bem idealizados – e especializados em mexer com essas peças curingas de maneira inteligente – podem despertar, criar e formar talentos a um custo menor, abrindo caminho para a efetivação e escalada de estagiários que virem líderes, gerentes, enfim, profissionais de sucesso que também serão sucedidos por novos estagiários, e assim por diante… em um contínuo ajuste fino no quadro de pessoal.
Parte importante desse processo é a retenção de talentos no quadro de colaboradores, um grande anseio do setor que sofre com a alta rotatividade, o famoso turnover responsável por grandes prejuízos com rescisões custosas e com os impactos negativos que ele provoca nas equipes e em toda a organização do comércio.
Em resumo, bons programas de estágio são um círculo virtuoso com a pretensão de, ao mesmo tempo, abrir horizontes de carreira aos jovens; gerar maior produtividade e qualidade nos serviços com esse pessoal dinâmico, treinado e com ânsia de evoluir; e aumentar a lucratividade com a redução de custos e despesas nas empresas – um projeto ambicioso com olhos no futuro e na viabilidade econômica do setor.
A Lei e as Regras da Contração
Mas estagiários não podem entrar por conta própria no mundo corporativo, nem as empresas podem contratá-los de forma independente. Isto porque, o Programa de Estágios é um projeto de política pública de emprego para jovens no Brasil, definido e regulamentado pela Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008, que estabelece em todo o país um acordo obrigatório entre as três partes – instituições de ensino, empresas e estagiários – que pretendam adotar esse vínculo chamado de educativo e profissionalizante.
Segundo essas regras, para ingressarem nas empresas os estagiários precisam, obrigatoriamente, de orientação, treinamento, fiscalização e monitoramento no ambiente de trabalho, e que seja um projeto de cunho pedagógico. Para a formalização da contratação efetiva dos estagiários, é necessário um Termo de Compromisso de Estágio, que é um contrato firmado entre a empresa empregadora, a instituição de ensino e o estagiário.
A duração do estágio é de no máximo 2 anos. Quanto à jornada de trabalho, ela ficará definida em comum acordo pelas partes no chamado Acordo de Cooperação. Para os ensinos médio, superior e fundamental poderá ser de até 6 horas diárias e 30 semanais.
O número de estagiários permitido deve obedecer ao seguinte cálculo, pelas empresas: de 1 a 5 empregados, um estagiário; de 6 a 10 empregados, dois estagiários; de 11 a 25 empregados, até cinco estagiários; e acima de 25 empregados, até 20% de estagiários.
O descumprimento das regras previstas na Lei 11.788, pelas empresas, caracteriza vínculo de emprego do estagiário segundo a legislação trabalhista e previdenciária (CLT); e a empresa ficará impedida de contratar estagiários pelo prazo de 2 anos.
Formas de contratação pelos supermercados
No setor supermercadista, a contratação de estagiários é indicada para alunos do ensino médio, mais adequados às características operacionais, principalmente ao chão de loja. Ela pode ser feita tanto internamente, utilizando-se a própria estrutura gestora do supermercado; quanto externamente, através da contratação de uma empresa de Recursos Humanos especializada no varejo.
Na Contratação Interna, a responsabilidade pela orientação e treinamento do estagiário fica por conta de colaboradores da empresa, designados para isso. Isso é relevante, pelo fato de o chão de loja dos supermercados se tratar de um ambiente diferente de um escritório, e que por isso exige o acompanhamento e a supervisão cuidadosa dos estagiários, evitando-se problemas inclusive trabalhistas. A formalização da contratação, através do termo de compromisso de estágio assinado pelas partes, será feita por um agente de RH do supermercado, ou por um agente de integração para cuidar dessa parte burocrática.
Na Contratação Externa, empresas especializadas em Recursos Humanos cuidam de toda a parte burocrática para a formalização dos contratos de estágio, funcionam também como agentes de integração e vão mais além: elas ficam responsáveis pela completa gestão dos estagiários, ou seja, pelo processo seletivo, recrutamento, treinamento, acompanhamento, desenvolvimento e orientação desses jovens nos supermercados, conforme determina a Lei.
Segurança nas Contratações
Como é fácil perceber, o ideal em segurança para os supermercados é adotar o programa de estágios no modo contratação externa, quando empresas especializadas na área de RH para o setor varejista ficam à frente de todo o processo. Essas empresas têm todas as ferramentas e instrumentos necessários para a implantação perfeita do sistema, na sua forma burocrática e operacional. Sobretudo, são elas que dão, aos profissionais de RH dos supermercados, todo o suporte externo e interno para entregar os estagiários prontos e preparados para o trabalho produtivo.
O programa de estágio feito por esses especialistas começa pelo importante e fundamental processo seletivo, que identifica o perfil adequado para cada tipo de vaga que se pretende. Seguem o recrutamento, treinamento e engajamento do jovem aos valores e objetivos do comércio onde vai atuar. É chegada a hora da formalização do contrato, e todos os trâmites do acordo são feitos conforme a Lei, eliminando-se qualquer problema ou chance de risco trabalhista. Já no trabalho, o estagiário é supervisionado, orientado e acompanhado no seu desempenho, e substituído com rapidez caso necessário. Feedbacks são permanentes, mantendo o canal de comunicação aberto entre estagiário, equipes e gestores. O processo continua com o desenvolvimento do estagiário na loja, suas experiências em setores diferentes, a descoberta de seus talentos e seu crescimento profissional, até possivelmente ser efetivado e trilhar uma carreira.
Cuidados para o Sucesso nas Contratações
Esse passo a passo no processo de adesão ao Programa de Estágios, como se pode ver, é trabalhoso e deve ser muito profissional quando desenhado especificamente para o chão de loja dos supermercados – um local com características peculiares que requer cuidados na contratação, gestão e orientação dos estagiários para se evitar passivos trabalhistas.
Vale aqui lembrar e salientar o que diz a Lei no caso de uma descaracterização do vínculo de estágio firmado: consequentemente, o estagiário passa a ser considerado um empregado CLT, com todos os direitos e recolhimentos retroativos ao momento em que entrou na loja, tendo o supermercadista que arcar com esse prejuízo. Este, portanto, é o principal risco a ser evitado.
Aquela máxima de “não faça você mesmo” vale muito nesse caso, haja visto que esse tipo de programa e contratação só trará os benefícios esperados pelas partes, e o sucesso desejado, se bem implantado, conduzido e administrado em todo o seu processo.
Na verdade, delegar para empresas de RH essa missão é um bom investimento e ponto de partida para se aderir, com todas as vantagens e segurança, à tendência crescente da presença de estagiários em supermercados de todos os portes e muitas cidades, Brasil afora. Vale conferir essa experiência.
Depoimento do Eduardo Gimenes – Diretor de Operações da Rede Enxuto
“O Programa de Estágios na Rede Enxuto teve início em janeiro deste ano, e é a primeira vez que adotamos esse tipo de contratação. Hoje, somando em toda a rede, temos por volta de 130 estagiários.
De forma geral, o programa é muito bom, porque a seleção da CheckoutRH é muito boa, o processo seletivo que lá fazem é bem inteligente. Essa empresa tem processos de recrutamento muito interessantes, através de algorítimos, e entra em contato com os jovens através das redes sociais. Acho bem engenhoso todo o processo seletivo deles.
E para ter um filtro com qualidade ainda maior, em cima dessa boa seleção da CheckoutRH fizemos também a nossa seleção interna. Eles mandavam, por exemplo, 10 candidatos, e nós fazíamos um novo filtro para ficar com uma parte deles. Então, podemos dizer que foi feita uma seleção bastante rigorosa, e esses jovens estagiários estão super bem, dando bastante alegria para a gente – é uma turminha educada, prestativa e com bastante vontade de aprender e trabalhar.
Com jovens, é claro, temos que ter um cuidado redobrado, mais atenção, porque tem muitas coisas que são óbvias para nós, e para eles não – é uma questão de maturidade. Afinal, são jovens na faixa etária de 16 a 18 anos. Mas de forma geral, eles estão muito bem e estamos muito contentes com eles nas lojas. Achamos muito proveitosa a iniciativa da adesão ao Programa de Estágios, até porque também é uma questão de inclusão social e ao trabalho.
Remeto essa experiência a mim mesmo, à minha carreira. Comecei a trabalhar em um supermercado em 1993, com 15 anos. Entrei como empacotador, depois repositor e fui crescendo. Acredito que ainda poucos varejistas tenham conhecimento desse programa. E ano passado, conhecemos a CheckoutRH, que tem prestado um bom serviço para nós. Eles estão em São Paulo, nós estamos em Campinas, mas eles dão uma assistência muito legal.
Em uma viagem a trabalho, em Belo Horizonte, vi uma quantidade grande de jovens trabalhando em supermercados e, curioso com aquele fato, fui informado sobre o Programa de Estágios. Retornei com essa demanda, e uma das nossas analistas de RH conheceu uma empresa especialista em recursos humanos para supermercados – foi daí que conhecemos e elegemos a CheckoutRH para contratarmos os estagiários.
A nossa matéria prima são as pessoas. E entre custo e benefício, estagiários são um bom negócio, pois com os problemas que podem advir dos contratos CLT e com as leis trabalhistas, a contratação de estagiários sem tanto ônus é interessante. Ainda mais nesse momento difícil para nós, com a inflação e aumento das despesas, esse tipo de contrato contribui muito, porque é de tempo limitado, de até 2 anos e, portanto, muitos dos encargos trabalhistas que a CLT tem, no caso dos estagiários não existem, e isso é bem compensatório em termos de custo. Eles trabalham 120 horas por mês, 6 dias por semana, e a remuneração, mais todo o custo que temos com eles, refeição e vale transporte, é bem inferior se comparada a um contrato CLT – ou seja, é bem mais econômico.
Desses estagiários, tem os que surpreendem positivamente – esses têm no DNA deles a hiperatividade, a proatividade, são bem produtivos – e tem outros que são mais lentos, um pouco menos produtivos. Mas entendo que eles se equiparam a um CLT quando estão compromissados e, por serem jovens, em algumas tarefas e atividades essa juventude acaba ajudando muito, porque eles são mais versáteis. Por outro lado, quando tem tarefas onde eles ficam mais agrupados, vão ter a tendência de querer bater papo, se distraírem. Mas quando não estão muito juntos podem ficar focados nas suas tarefas, que se estiverem bem definidas tudo corre bastante tranquilo.
Um dos setores principais onde os estagiários estão mais concentrados é na frente de caixa e no chamado drive ou operação do e-commerce, na função de shoppers. A maior parcela deles, hoje, faz boa parte do tempo o trabalho de shopper. No e-commerce, como shopper, eles fazem a tarefa de ir atrás dos produtos, mexem com coletor, com sistema, fazem conferência, embalam, tem muito dinamismo ali. Despacham pacotes para clientes, operam caixa, e nos momentos de pico também ajudam – são polivalentes.
Eles só não são destinados a tarefas onde há riscos, como por exemplo trabalhar no açougue, com faca, ou no setor de frios como fatiadores, ou com equipamentos de corte na cozinha – isso a gente não faz, porque tem tarefas que não deixamos atribuídas a eles, aquelas que oferecem algum tipo de risco ou insalubridade. Preferimos não aderir nesse sentido, embora outros supermercados o façam. Já como balconistas de padaria, servindo pãozinho e salgados para os clientes, adotamos e dá muito certo. Como repositores eles também atuam bastante, colocando mercadorias nas gôndolas.
Por experiência, conseguimos, sem dúvida, ter a facilidade de identificar aqueles estagiários que têm um comprometimento maior do que outros, no sentido de quererem aprender, de proatividade e de estarem sempre dispostos. A nossa expectativa é de que grande parte desses jovens, depois dos 18 anos e completado o período de 2 anos do contrato de estágio, seja efetivada com a gente, e que eles sejam registrados numa vaga CLT e sigam carreira com a gente.
Para aqueles que realmente querem, considero o nosso setor uma maneira até fácil para se conseguir seguir na carreira. A grande questão é ter disponibilidade, vontade de trabalhar, porque quem não quer, por exemplo, trabalhar aos sábados, domingos e feriados, acaba não optando por esse segmento, porque os supermercados trabalham 24 horas todos os dias da semana – e esse é um ponto que pega bastante, porque a pessoa às vezes não está disposta a esse nível de dedicação, de entrega. Mas os que estão mais preparados para isso, que pensam no estágio como um investimento, que enxergam essa possiblidade de crescimento de poder virar um supervisor, um chefe de sessão, um gerente e seguir uma carreira, para esses é só seguir adiante.
Eu vejo o meu exemplo, que aos 15 anos via o gerente – na época todos trabalhavam de paletó e gravata e andavam com aquela maleta de executivo – e pensava “aquela maletinha deve estar cheia de dinheiro” (risos)…Esses gerentes andavam de carro importado, tinham uma condição financeira muito boa, então por isso aos 15 anos eu falava “eu já sei o que eu quero ser quando crescer: gerente de supermercado” (risos). Então, essa vontade vai da ambição, do DNA de cada um, da educação e do ambiente familiar que, com certeza, influencia bastante.
A experiência com estagiários está sendo sim muito positiva e, por isso, pretendemos continuar com o programa. A lei diz que até 20 % do quadro de pessoal pode ser preenchido com esse tipo de contratação. Nós estamos com 10 a 12%, e pretendemos manter assim por enquanto, com a possiblidade de mais para a frente ampliarmos essa margem. A ideia, por enquanto, é tocar dessa forma para deixar o negócio bem maduro e estável. Como está sendo muito oportuno para nós, entendemos que o Programa de Estágios é algo que vale a pena e, por isso, recomendamos a sua implantação a supermercadistas que pretendam adotar esse sistema.
Nesses jovens, eu vejo a mim mesmo lá atrás. Por isso, gosto de vê-los trabalhando e valorizo muito, porque é a oportunidade que eles têm. Se não estivessem aqui, onde estariam? Na internet, na rua ou em casa aprendendo metade do que aprendem diariamente dentro das nossas lojas. Pois estagiando em nossos supermercados eles só estão aprendendo coisas boas, que vão formar cidadãos do bem. Fico muito entusiasmado com isso, porque valorizo o aprendizado deles como a minha própria história.”
*Eduardo Gimenes Antonio é diretor de operações da Rede Enxuto, membro da empresa há 3 anos, na região de Campinas. Entrou no ramo aos 15 anos, em Indaiatuba, sua cidade natal, como empacotador no “Sé Supermercados”, que tempos mais tarde foi integrado ao Grupo Pão de Açúcar. Aos 19 anos já era encarregado de sessão, e com 26 era gerente regional, permanecendo 23 anos no GPA e outros dois anos em empresas no mesmo segmento, em São Paulo. Neste ano completa 29 anos no setor supermercadista, dos quais muito se orgulha: “Vou fazer 44 anos de idade, com 29 deles vividos pelos corredores e bastidores desse empolgante comércio”.