De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o setor supermercadista faturou R$ 695,7 bilhões em 2022. O resultado representa 7,03% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e considera todos os formatos e canais de distribuição. O economista e especialista em gestão de mercados, Leandro Rosadas, dá algumas dicas para o supermercadista surfar na onda do crescimento do mercado e aumentar o faturamento da loja, que foi superior a 13% no faturamento, se comparado a 2021. ”Uma boa estratégia é investir em pricing, variedade de SKUs (Stock Keeping Unit) nas categorias de produtos perecíveis e itens da cesta básica. Com os perecíveis, você pode oferecer mais conveniência para o cliente e com isso cobrar um preço mais alto, como seria o abacaxi descascado e fatiado”, exemplifica.
No entanto, há produtos que têm uma presença quase constante no carrinho do mercado, são os itens de cesta básica: arroz, feijão, macarrão, farinha, café e, muitas vezes, a carne. Leandro diz que esses são os chamados produtos notáveis, aqueles que o cliente conhece o preço e a marca principal. “Para esses produtos de “cesta básica”, o ideal é que você venda sempre com o menor preço que puder, considerando o preço do concorrente mais próximo, pois isso é o que vai atrair o cliente. Nos demais produtos do supermercado, você vai aplicar a estratégia de pricing, que é definir os preços, considerando custos fixos, variáveis, valor atribuído pelo cliente, entre outros aspectos. Por exemplo: dificilmente alguém sabe o custo de um sachê de canela em pó, então, nesse produto você pode aplicar uma margem alta. Resumindo, você vende o que o cliente quer por um preço barato, mas ao levar outros produtos você consegue aplicar a margem que você idealizou”, orienta o especialista.