Chuvas torrenciais e prolongadas no sul do país, seca história no norte do país, esses fenômenos que acontecem agora no Brasil podem ter implicações até 2024, em especial na inflação dos alimentos. No Rio Grande do Sul, grande produtor de trigo, as lavouras já sentem os reflexos do volume de água com atraso na semeadura do cereal, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isto terá reflexos no preço de alimentos como farinha de trigo e todos os derivados como pães, massas e outros.
Já no Amazonas, o problema é o oposto e as consequências já são percebidas pela população local. As águas do Rio Solimões estão tão baixas que plantações como as de milho, cebolas e melancias foram abandonadas. Isso fez com que os preços de alimentos básicos registrassem aumento de 30%, já que muitas hortaliças passaram a vir de caminhão de outros estados e não mais pelos rios da região.
Estes eventos climáticos são consequências do El Niño, quando as águas do Oceano Pacífico estão mais quentes que o normal. Isto desestabiliza as estações e provocam condições extremas. A previsão é que o fenômeno comece a perder força nos primeiros meses de 2024.