Você já ouviu falar em atacarejo? O formato que reúne no mesmo espaço venda por atacado e varejo está em expansão no Brasil. Lojas como Roldão, Assaí e até mesmo o Walmart são exemplos desse tipo de loja. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autoserviço (ABAAS), o setor faturou em 2020 R$ 130 bilhões, um crescimento de 27.6% em relação ao ano anterior.
Alguns pilares são representativos deste tipo de operação como os preços mais baixos, o volume grande nas vendas e menos variedade de produtos, apesar do grande estoque. Por isso, este formato híbrido, que mantém características dos dois tipos de operação, traz vantagens e desvantagens. Os atacarejos estão localizados no mesmo espaço em que armazenam os produtos, ou seja, não é preciso investir em logística para que os produtos cheguem ao consumidor final. Isto faz com que os preços sejam mais baixos do que nas lojas convencionais.
Por esta razão, os proprietários dessas lojas conseguem lucrar mesmo com valores mais em conta, especialmente porque esses itens já foram negociados com a indústrias em volumes altos, o que implica em descontos para o atacarejo e, consequentemente, para o consumidor final. Por outro lado, alguns produtos não possuem o mesmo comportamento pela própria natureza deles. Itens perecíveis como verduras, legumes, frios e carnes são vendidos em lotes, o que pode ficar inviável se as compras forem para a casa de uma família pequena. Outro ponto importante é que os atacarejos não possuem extensa opções de marcas. Como as vendas são feitas em escala, é preciso escolher somente algumas para colocar à disposição do cliente.
